A importância do agronegócio nos estados unidos na promoção da segurança alimentar
ARTIGO ORIGINAL
ARTIGO ORIGINAL
RODRIGUES, Adevanio Penote [1]
RODRIGUES, Adevanio Penote. A importância do agronegócio nos Estados Unidos na promoção da segurança alimentar. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 01, Vol. 03, pp. 53-75. Janeiro de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/agronomia/importancia-do-agronegocio, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/agronomia/importancia-do-agronegocio
RESUMO
A expressão “segurança alimentar” surge no final da 2ª. Guerra Mundial, diante da miséria instalada em diferentes países. Em oposição à segurança alimentar que garanta uma sobrevivência digna, está a insegurança alimentar, representada pela falta dos insumos básicos para uma alimentação que garanta energia e vitalidade aos indivíduos. Cresce em escala vertiginosa a insegurança alimentar ao redor do mundo, agravada pela pandemia da Covid-19. A fome global é ocasionada por diferentes fatores: crescimento populacional; desigualdades sociais; eventos climáticos mais ou menos extremos; constantes altas nos preços dos alimentos; demanda e distribuição insuficientes para as regiões mais necessitadas; entre outras deficiências estruturais e conjunturais. Para combater essa tragédia humanitária, as formas de cultivo e produção na agricultura evoluíram até a versão 5.0, levando para o campo novas práticas e equipamentos de ponta. Este artigo foi desenvolvido, segundo a metodologia de pesquisa bibliográfica, visando responder à pergunta: como a modernização do agronegócio norte-americano colabora com o combate à insegurança alimentar? O objetivo é apresentar a modernização das técnicas de plantio existentes e as melhorias possíveis, a partir da Agricultura 5.0. Como resultado da análise e interpretação da literatura selecionada, verificou-se que a adoção das novas tecnologias advindas da Agricultura 5.0 otimizam todas as práticas de plantio e cultivo de alimentos, a partir da coleta de informações em tempo real por meio de drones, e interpretação dos dados recebidos em computadores que viabilizam a compra, emprego e controle de insumos, controle de pragas, otimização da colheita e seu maior aproveitamento.
Palavras-chave: Crise alimentar, (In)Segurança Alimentar, Descarbonização, Gestão Agrícola, Agricultura 5.0.
1. INTRODUÇÃO
A fome está vinculada à insegurança alimentar que permeia a vida das pessoas. Segundo Gaspari (2001, p. 7), “a fome global, também chamada fome energética ou calórica, é entendida como a incapacidade de a ração alimentar diária ingerida por uma pessoa fornecer as calorias equivalentes à energia gasta pelo organismo nos trabalhos realizados”.
A expressão “segurança alimentar” surge no final da 2ª. Guerra Mundial, tornando-se um termo militar vinculado à segurança nacional, até os anos 1970 (OXFAM BRASIL, 2021). Naquele momento, constatou-se que, muito além do arsenal bélico que as diferentes nações pudessem acumular, para liderar o mundo, é preciso que um país seja capaz de desenvolver sua capacidade de produzir e fornecer os alimentos necessários à sobrevivência de determinada população, ou que possa ser fornecida para outras localidades que deles necessitem (FUNDAÇÃO CARGILL, 2022).
Vários são os problemas que potencializam a insegurança alimentar mundial, face às “contradições entre as condições socioeconômicas e políticas de produção, diante de sua evolução histórica”, afetando a produção e distribuição de alimentos. Evgenievich (2020), descreve, como consequências, as situações: destruição do meio ambiente; aumento das desigualdades sociais; distribuição e consumo desigual de alimentos nas diferentes regiões e países; as questões demográficas, ambientais, energéticas e de matérias-primas.
Por sua vez, existem dados tabulados por diferentes organismos internacionais envolvidos com as garantias de vida e sobrevivência dos indivíduos, nos quais evidenciou-se que, em 2013, a “insegurança alimentar atingiu 925 milhões de pessoas ao redor do mundo, das quais 800 milhões estavam no campo”, o que, em si, já é um grande paradoxo (BELIK e CAPACLE CORREA, 2013, p. 1).
A este respeito, os mesmos autores defendem a existência de diferentes fatores que concorrem para esta situação, entre eles o crescimento populacional, os eventos climáticos, a constante alta de preços dos alimentos, a demanda e distribuição insuficientes para as regiões mais necessitadas, as desigualdades sociais – que impedem o acesso de milhões de pessoas carentes ao emprego, e, portanto, a uma alimentação saudável -, entre outras deficiências estruturais e conjunturais (BELIK e CAPACLE CORREA, 2013, p. 1).
Por sua vez, Marini (2022), reporta o relatório emitido pela Organização das Nações Unidas (UNICEF, 2022), onde ficou demonstrado que, em 2021, havia 2,3 bilhões de pessoas em insegurança alimentar moderada ou severa.
Dessa forma, a produção de alimentos surge como pilar basal para toda a esfera terrestre, no que se refere, tanto à garantia da produção e fornecimento local, quanto das localidades situadas nas diferentes regiões do mundo. Nesta perspectiva, insere-se a agricultura 5.0 e novas tecnologias de ponta para as melhorias necessárias à produção de alimentos saudáveis, otimizando as práticas de plantio e colheita, com maior agilidade, precisão e economia.
O presente artigo científico foi desenvolvido a partir do levantamento da literatura especializada no tema em questão, constituindo-se em uma pesquisa bibliográfica, que visa responder à pergunta: como a modernização do agronegócio norte-americano colabora com o combate à insegurança alimentar? O objetivo deste estudo é apresentar a modernização das técnicas de plantio existentes e as melhorias possíveis, a partir da Agricultura 5.0.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da pesquisa de periódicos nacionais e internacionais, utilizando artigos publicados nos idiomas português e inglês. Os artigos selecionados para compor esta pesquisa foram obtidos na base de dados do Google Acadêmico. Os descritores utilizados para as buscas eletrônicas foram: agricultura, técnicas de plantio, agronegócio e segurança alimentar.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 SEGURANÇA E INSEGURANÇA ALIMENTAR
Segundo a definição dada pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a alimentação é “um direito de todos os indivíduos a terem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais à sua sobrevivência”, e que estejam firmadas em boas práticas alimentares (FUNDAÇÃO CARGILL, 2022).
A fome é “a situação em que a pessoa fica, durante um período prolongado, carente de alimentos que lhe forneçam as calorias (energia) e os elementos nutritivos necessários à vida e à saúde do seu organismo” (GASPARI, 2001, p. 7). Com essa definição, o autor explica que o ser humano precisa ter à mão alimentos que contenham “elementos nutritivos como proteínas, vitaminas e sais minerais, que irão cumprir suas devidas funções, quanto à restauração das células, tecidos e órgãos de todo o organismo”.
Nesta perspectiva, para definir Segurança Alimentar é preciso referir a importância sobre as ações fundamentais, que são inerentes a todos os governantes mundiais, no sentido de garantirem, de forma permanente, a produção e o fornecimento de alimentos em quantidade e de qualidade nutricional, que deve ser reconhecidamente comprovada pelos órgãos reguladores, bem como pelos regramentos legais e de fiscalização em saúde e higiene (FUNDAÇÃO CARGILL, 2022).
ARTIGO COMPLETO NO LINK ABAIXO:
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